Boca Juniors (Argentina) - Atualizado 05.07.2012
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Um dos clubes mais tradicionais da América do Sul, o Boca Juniors foi o adversário do Corinthians na primeira decisão de Copa Libertadores alvinegra. Na ocasião, o rival argentino somava seis títulos e encarava a décima final. Mesmo assim o clube paulista conseguiu ser superior e faturar o sonhado título sul-americano. Na história entre as equipes, já são 13 duelos, sendo que seis foram em jogos oficiais. O saldo é negativo para o Alvinegro, com quatro vitórias, quatro empates e cinco derrotas, além de 20 gols marcados e 28 sofridos. De todos os duelos, o mais importante foi a final da Libertadores-2012, citada acima. O Corinthians empatou o primeiro duelo por 1-1, na Bombonera, e venceu o segundo por 2-0, no Pacaembu. O curioso é que até então o Boca Juniors havia perdido só uma final do torneio para brasileiro --em 1963, para o Santos de Pelé. Antes, o principal encontro havia sido em 1991, também pelo torneio continental, quando as equipes se enfrentaram pelas oitavas de final. Daquela vez, o Corinthians foi eliminado pelo Boca Juniors após derrota fora e empate em casa. Na Bombonera, o Boca venceu por 3-1 em um jogo que ficou marcado por uma falha do zagueiro Guinei. Ao tentar dominar a bola, ele entregou de bandeja para o rival. A derrota deixou o Corinthians em situação complicada para buscar a classificação. O jogo de volta foi no Morumbi e o time paulista fazia uma boa exibição, mas outra falha de Guinei comprometeu e o confronto terminou 1-1. Uma curiosidade na história entre os clubes é que o atacante Carlos Tevez, ídolo de grande parte dos torcedores corinthianos, foi revelado pelo clube argentino e fez parte de uma geração vitoriosa com os títulos da Copa Intercontinental-2003, Copa Libertadores-2003, Copa Sul-Americana-2004 e Argentino-2003. UM POUCO DE HISTÓRIA. O Boca Juniors foi fundado em 3 de abril de 1905 no bairro de La Boca, em Buenos Aires, por cinco adolescentes de origem italiana, da cidade de Gênova (por isso o termo xeneize, dialeto da região, para se referir ao clube). O nome homenageava o bairro e diferentemente do que se pensa, a cor adotada foi celeste, mas em pouco tempo passou a ser o preto e o branco, e só foi alterada em 1907 por conta de uma rivalidade local. Como havia outro clube alvinegro no bairro, foi criado uma disputa na qual o perderdor teria de alterar suas cores. O Boca perdeu e os jogadores do clube foram para o porto com a promessa de adotar as cores do primeiro navio que atracasse no local. Como a primeira embarcação era de origem sueca, as cores passaram a ser amarelo e azul, que deixaram o clube famoso. Como imperava o amadorismo na Argentina (vigorou até 1931), os principais clubes da época eram o Alumni e o Racing. O Boca fazia parte das equipes da segunda divisão e foi promovido á elite em 1910. Conquistou seu primeiro título nacional em 1919. Depois repetiu a conquista em 1920, 1923, 1924, 1926 e 1930. No ano em que se instituiu o profissionalismo, o clube xeneize foi campeão novamente. Na mesma época iniciou a construção do seu estádio. Diferentemente do que ocorre atualmente, com muitos clubes temendo enfrentar o Boca no estádio Alberto Jacinto Armando, batizado até 2001 como Camilo Cichero e conhecido pelo apelido de La Bombonera, na época de sua inauguração o local não rendeu frutos logo no início. O Boca voltou a ser campeão argentino em 1940, 1943, 1944 e 1954. Ainda amargou cinco vices nacionais. O estádio passaria a ser sinônimo de conquistas a partir dos anos 1960, com o início da Copa Libertadores. Em 1963, foi vice para o Santos, mas ficou com a taça em 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007. Ainda passou a dividir com o River Plate o domínio no futebol argentino. Durante esses anos contou com jogadores como Maradona, Francisco Varallo, Angel Clemente Rojas, Battaglia, Caniggia, Riquelme, Tevez, Batistuta, Schiavi, Palermo, entre outros. Nos últimos anos, com o sucesso internacional, tornou-se o recordista de títulos na América do Sul. Mundialmente divide esse status com o Milan, da Itália, justamente seu algoz no Mundial de Clubes da Fifa-2007. RIVAL DURO DE ROER. Em torneios oficiais, Corinthians e Boca Juniors disputaram poucos confrontos. São quatro partidas pela Copa Libertadores (1991 e 2012) e duas pela primeira fase Copa Mercosul-2000. Com apenas uma vitória alvinegra, mas que valeu o título mais importante do continente. Em torneios não-oficiais foram três confrontos, com duas vitórias e uma derrota. Na Libertadores-1991, embora o time paulista fosse o campeão brasileiro, foi eliminado pelo clube argentino. Nos dois jogos, o zagueiro Guinei falhou em lances de gols da equipe argentina. Ele ficou marcado negativamente e após o torneio foi dispensado. Mas, apesar de contar com o atacante Batistusta, o Boca não estava entre os mais fortes do torneio sul-americano e caiu na semifinal. Já em 2000, embora o Corinthians tivesse jogadores de destaque, como Ricardinho, Marcelinho e Luizão, a equipe passou por um momento ruim no segundo semestre e não foi bem nas duas competições que disputou: Copa Mercosul e Copa João Havelange. No torneio continental os jogos contra o Boca foram válidos pela primeira fase. Na Argentina, o time alvinegro foi goleado por 3-0. No Brasil, empatou no último minuto em 2-2 após estar perdendo por 2-0. Na Libertadores-2012, o Corinthians disputou sua primeira final contra a décima do Boca Juniors. O rival tinha o veterano meio-campista Riquelme, 34 anos, com três títulos do torneio pelo clube argentino --dois contra brasileiros. Era a única estrela da decisão, mas passou em branco: sem gols e sem assistências. O Timão empatou o primeiro duelo na Bombonera (1-1) e venceu no Pacaembu (2-0). Derrubou o tradicional rival e faturou o primeiro título continental. Os heróis da decisão contra o Boca foram os atacantes Romarinho (autor do gol na Bombonera) e Emerson (dono dos dois tentos no Pacaembu). Este último ainda ficou marcado pela frieza na decisão e pela provocação aos rivais argentinos. Em certo momento, mordeu o dedo do zagueiro Caruzzo ao cair em campo. No final de tudo, refutou o título de herói, apesar de ser festejado pela Fiel. Nos torneios não-oficiais as duas vitórias corinthianas em três duelos merecem destaque. A primeira foi conquistada no Torneio Roberto Gomes Pedrosa com goleada de 4-1, no Pacaembu. A segunda foi no Torneio Octogonal de Verão, disputa entre os principais clubes sul-americanos, e o Timão venceu por 4-3 na Bombonera, justamente na primeira partida na casa do Boca. Outro confronto que vale a pena destacar é o primeiro duelo entre os clubes, em 1935. Na ocasião, o rival era o atual campeão argentino, enquanto o Alvinegro havia enfrentado um dos piores anos da sua história até então. Os times se enfrentaram no Parque São Jorge e o Timão terminou o primeiro tempo vencendo por 2-0. Na etapa final, com 20 minutos de jogo, teve um pênalti marcado a favor, mas o rival não deixou que a penalidade fosse cobrada e abandonou o campo. O placar terminou como estava e a bola da partida virou troféu na sede do clube. O campeão argentino, que havia tido uma excursão vitoriosa pelo Brasil, conheceu sua primeira derrota para o Corinthians e ainda abandonou o campo. TERROR DOS BRASILEIROS. Nenhum outro clube da América do Sul conta com retrospecto tão favorável em confrontos contra clubes brasileiros. Até 2012, levando-se em conta apenas os jogos eliminátorios em torneio oficiais, como Copa Libertadores, Copa Sul-Americana, Recopa, Supercopa e Copa Mercosul, o Boca disputou 28 duelos contra brasileiros, com 19 sucessos e nove fracassos. O rival enfrentou todos os grandes clubes brasileiros, com exceção do Botafogo. Atlético-MG, Corinthians e Santos são os únicos com saldo zero, com um sucesso e um revés. O Galo perdeu a Copa Ouro-1993 e levou a melhor nas quartas de final da Copa Mercosul-2000. O Peixe foi campeão da Libertadores-1963 e vice em 2003. O Timão perdeu as oitavas da Libertadores-1991 e venceu a final em 2012. Além deles, os outros brasileiros que enfrentaram o Boca Juniors em jogos eliminatórios foram: Cruzeiro (um sucesso e dois fracassos), Flamengo (um fracasso), Fluminense (um sucesso e um fracasso) Grêmio (um sucesso e dois fracassos), Internacional (um sucesso e dois fracassos), Palmeiras (um sucesso e dois fracassos), Paysandu (um fracasso), São Caetano (um fracasso), São Paulo (um sucesso e três fracassos) e Vasco da Gama (um fracasso). A Libertadores é o torneio que o Boca leva mais vantagem. Foram 15 duelos em mata-matas, com apenas três insucessos. Em 1963, para o Santos de Pelé e cia. Em 2008, para o Fluminense de Thiago Neves e Conca. Em 2012, para o Timão de Emerson, Jorge Henrique e Danilo. Em finais, superou o Grêmio (2007), o Santos (2003), o Palmeiras (2000) e o Cruzeiro (1977). Na semifinal eliminou o Palmeiras (2001). Nas quartas, passou por Flamengo (1991), São Caetano (2004) e Vasco da Gama (2001). Nas oitavas, teve como vítimas Corinthians (1991), Cruzeiro (2008), Fluminense (2012) e Paysandu (2003). |
CLUB ATLÉTICO BOCA JUNIORS Uniforme: Gentílico: boquense Site: www.bocajuniors.com.ar |
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Jogos |
13 |
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Estádio Alberto J. Armando | ||||||||||||||
RELAÇÃO DE JOGOS | ||||||||||||||
Amistoso: 10/02/1935 - Corinthians-Boca Juniors 2-0 Amistoso: 08/01/1947 - Corinthians-Boca Juniors 2-6 Amistoso: 25/01/1948 - Corinthians-Boca Juniors 1-1 Torneio Roberto Gomes Pedrosa: 27/03/1956 - Corinthians-Boca Juniors 4-1 Torneio Octogonal: 21/01/1961 - Boca Juniors-Corinthians 3-4 Amistoso: 11/06/1961 - Boca Juniors-Corinthians 5-0 Copa Libertadores: 17/04/1991 - Boca Juniors-Corinthians 3-1 Copa Libertadores: 24/04/1991 - Corinthians-Boca Juniors 1-1 Torneio Teresa Herrera: 14/08/1999 - Boca Juniors-Corinthians 2-0 Copa Mercosul: 09/08/2000 - Boca Juniors-Corinthians 3-0 Copa Mercosul: 19/09/2000 - Corinthians-Boca Juniors 2-2 Copa Libertadores: 27/06/2012 - Boca Juniors-Corinthians 1-1 Copa Libertadores: 04/07/2012 - Corinthians-Boca Juniors 2-0 |
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RESUMO DOS JOGOS | J |
V |
E |
D |
GP |
GC |
% |
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Amistosos |
4 4 2 1 1 1 |
1 1 0 1 1 0 |
1 2 1 0 0 0 |
2 1 1 0 0 1 |
5 5 2 4 4 0 |
12 5 5 3 1 2 |
33 42 17 100 100 0 |
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TOTAL | 13 |
4 |
4 |
5 |
20 |
28 |
41 |
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