CORINTHIANS – ATLÉTICO-PR 0-5
CAMPEONATO BRASILEIRO 2004 – 7ª RODADA
DATA: domingo, 23/05/2004
LOCAL: Estádio Paulo Machado de Carvalho, São Paulo, São Paulo – Brasil
PÚBLICO: 6.351 presentes (5.760 pagantes + 591 não pagantes)
RENDA BRUTA: R$ 75.566,00
RENDA LÍQUIDA: R$ 4.975,06
DESPESAS: R$ 70.590,94
ÁRBITRO: Márcio Rezende de Freitas.
ASSISTENTES: Alcides Zawaski Pazetto e Vayran da Silva Rosa.
GOLS: 25’ 27’ 60’ Jadson, 35’ 86’ Dagoberto.
CARTÃO AMARELO: Wendel; Fernandinho, Jadson e Marcão.
CORINTHIANS: Fábio Costa; Coelho, Betão, Váldson, Renato (56’ Zé Carlos); Wendel (56’ Piá), Rogério, Rincón, Gil (75’ Bobô); Jô e Marcelo Ramos. Técnico: Oswaldo de Oliveira.
ATLÉTICO-PR: Diego; Raulen, Marinho, Fabiano, Marcão (83’ Rogerio Corrêa); Bruno Lança, William, Fernandinho, Jadson (83’ Pingo); Ilan (63’ Dennys) e Dagoberto. Técnico: Levir Culpi.
[Esta derrota, aliada a eliminação do clube na Copa do Brasil, foi o ápice da crise do Corinthians na temporada e motivo para alguns torcedores externarem sua revolta. O clima ficou tenso já nas arquibancadas, quando um grupo organizado entrou em confronto com a Polícia Militar. Em seguida, os torcedores invadiram o gramado e tentaram agredir Fábio Costa e Oswaldo de Oliveira. Esses torcedores foram cotidos por seguranças e pelos jogadores. Depois do jogo, membros das torcidas organizadas ficaram aguardando no portão de acesso ao Pacaembu a saída dos jogadores, que tiveram de ser escoltados pela PM. Outro grupo reuniu-se em frente à casa do presidente Alberto Dualib para protestar. Alguns atiraram ovos contra a residência e só foram embora depois de se encontrarem pessoalmente com o presidente. Além da demissão de Oswaldo de Oliveira, eles exigiam a saída do vice-presidente de futebol Antônio Roque Citadini. “Eu não tenho medo deles. Nunca vi um absurdo tão grande na minha vida. Ir à casa do dirigente mais vencedor da história do clube e ficar fazendo bagunça de madrugada. Isso extrapolou todos os limites do aceitável, foi uma grande bobagem. Eu também fiquei pé da vida com a derrota de 5-0 e também xinguei o time. Sou corinthiano, caramba, presidente do clube, também sofro”, declarou o presidente no dia seguinte. Pela campanha realizada no ano, alguns jornalistas classificaram o time como uma versão moderna do Faz-me rir – alcunha pejorativa do clube no início dos anos 1960 por causa dos constantes fracassos nos campeonatos disputados; o nome era uma alusão a música homônima da cantora Edith Veiga que fez sucesso nos anos 1950. Em 23 jogos, foram sete vitórias, cinco empates e 11 derrotas, com 23 gols marcados e 36 sofridos, aproveitamento de 37,7%. O jogo marcou a estréia do lateral-esquerdo Zé Carlos pelo Timão.]

 
 
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